Certa vez estava assistindo num telejornal uma reportagem sobre longevidade e a entrevistada era uma senhora que tinha pouco mais de 100 anos de idade. A repórter pergunta para ela: “Qual o segredo para viver tantos anos e viver bem?”…a senhora centenária respondeu: “Para viver é preciso conviver”. Achei fantástica a resposta daquela senhora, quanta sabedoria nesta afirmação!
Mas sendo bem realista para conosco, não é difícil perceber o quanto temos dificuldade de conviver uns com os outros. Talvez por isso Jesus tenha tratado disso com tanta ênfase no sermão do monte. Ele nos orientou sobre como lidar com o ódio, adultério, divórcio, vingança, nossos inimigos e com pessoas necessitadas. Não obstante, também nos falou sobre como nos relacionar com Deus por meio da oração, jejum e generosidade. Mas como não ficar perplexos diante de tamanho desafio? Como não se sentir incapaz e pobre de alma ao saber que este é o padrão de convivência e relacionamento de um discípulo de Jesus?
A Palavra de Deus nos traz paz e esperança. Ela nos revela algo extraordinário! No evangelho de João, Jesus diz:”Mas o Auxiliador, o Espírito Santo, que o Pai vai enviar em meu nome, ensinará vocês todas as coisas e fará com que lembrem de tudo o que eu disse a vocês. Deixo com vocês a paz. É a minha paz que eu lhes dou; não lhes dou a paz como o mundo dá. Não fiquem aflitos, nem tenho medo” (João 14:26-27). Em Atos 1:8, Ele também diz: “Porém, quando o Espírito Santo descer sobre vocês, vocês receberão o poder e serão minhas testemunhas em Jerusalém, em toda Judéia e Samaria e até nos lugares mais distantes da terra“.
Podemos ter a certeza de que, se quisermos de fato, podemos viver e conviver de forma completa e abundante por causa da presença do Espírito de Cristo em nós! A Igreja primitiva experimentou está realidade como resultado do mover do Espírito Santo sobre eles. Em Atos 2:42-27 lemos que eles perseveram no ensino, comunhão, oração e partir do pão. Ajudavam uns aos outros com suas posses e conviviam juntos de casa em casa. Percebe-se que havia uma unidade apesar da diversidade de cultura, nacionalidade e dons.
Como resultado de viver e conviver com Deus e uns com os outros por meio do mover e transformação no Espírito, era que muitos iam sendo salvos e a vida de Cristo transbordava para todos ao redor. O Reino de Deus se expandia de forma exponencial.
Como disse aquela senhora centenária, “para viver é preciso conviver”. Mas eu acrescentaria: “para conviver é preciso viver no mover do Espírito”
Pr. Fabricio Fukahori