1 Tm 1. 18 – 20
Timóteo foi encarregado pelo apóstolo Paulo de combater um bom combate a favor do Evangelho. Suas armas são a fé e a boa consciência diante de Deus e dos homens. O experiente apóstolo não entra em detalhes sobre que vem a ser esse “bom combate da fé”, mas a conclusão lógica é que ele está dizendo que Timóteo deve defender a verdade de Deus contra aqueles que a negam ou a distorcem.
A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6) e que devemos nos apresentar sempre diante de Deus e dos homens com a consciência limpa (Atos 24.16).
Atualmente, tenho visto muitas pessoas falharem em algumas áreas da vida cristã. Os que “naufragam” na fé pecam contra sua consciência. Seus erros normalmente começam com a má conduta e com pecados ocultos e não confessados.
Assim como Paulo, encontraremos algumas pessoas agindo como “Himeneu e Alexandre” em nossas igrejas. Paulo não diz exatamente o que eles fizeram, mencionando apenas que o pecado deles envolvia a blasfêmia. Com tais pessoas não podemos agir deferente. Elas precisam ser disciplinadas e, se não se arrependerem de seus maus caminhos, devem ser excluídas da comunhão da igreja para preservar a unidade e o bom testemunho do corpo de Cristo.
A expressão “os quais entreguei a Satanás” (1 Tm 1.20) deixa implícita a disciplina e a exclusão da igreja local.
Ainda que a exclusão seja necessária não havendo arrependimento, o objetivo final da disciplina é o arrependimento do disciplinado e não a sua exclusão. A exclusão deve ser a ultima decisão a ser tomada em relação ao disciplinado. Ela acontecerá em função da recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e falta de obediência às autoridades e a quebra da paz e do bom testemunho de fé da igreja e pela falta de arrependimento do disciplinado.
Havendo necessidade da disciplina, ela acontece desde a autodisciplina, continuando com a admoestação individual e depois pelo conselho da igreja e chegando até a exclusão, se necessário. “Toda a disciplina visa edificar o povo de Deus, corrigir escândalos, erros ou faltas, promover a honra de Deus, a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e o próprio bem dos culpados” (CD/IPB).
Assim, precisamos estar atentos para constantemente darmos um bom testemunho diante dos homens e jamais servirmos de pedra de tropeço para afastar as pessoas de Deus. Devemos zelar pela nossa vida e consciência para não sermos disciplinados.
Talvez algumas pessoas possam pensar que a disciplina não é importante. No entanto, uma das marcas da igreja verdadeira é o uso correto da disciplina. O juízo precisa começar pela Casa de Deus. Se a igreja não julgar a si mesma, ela será disciplinada pelo Senhor e será reprovada.
Portanto, precisamos ser obedientes a Deus e andarmos segundo a sua vontade e defendermos o Evangelho de Cristo. Esse combate é por demais difícil e exige de nós armas espirituais, em especial, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
Quando combatemos esse bom combate de acordo com os preceitos e mandamentos do Senhor, jamais seremos reprovados.
Ricardo Luiz de Moraes

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