Devocionais

Dia da Reforma Protestante


A Reforma Protestante do século XVI foi um fenômeno variado e complexo, que incluiu fatores políticos, sociais e intelectuais. Todavia, o seu elemento principal foi religioso, ou seja, a busca de um novo entendimento sobre a relação entre Deus e os seres humanos. Nesse esforço, a Reforma apoiou-se em três fundamentos ou pressupostos essenciais.

1. A centralidade da Escritura
Os reformadores redescobriram a Bíblia, que no final da Idade Média era um livro pouco acessível para a maioria dos cristãos. Eles estudaram, pregaram e traduziram a Palavra de Deus, tornando-a conhecida das pessoas. Eles afirmaram que a Escritura deve ser o padrão básico da fé e da vida cristã (2 Tm 3.16-17). Todas as convicções e práticas da Igreja deviam ser reavaliadas à luz da revelação especial de Deus. Esse princípio ficou consagrado na expressão latina “Sola Scriptura”, ou seja, somente a Escritura é a norma suprema para aquilo que os fiéis e a Igreja devem crer e praticar. Evidentemente, tal princípio teve conseqüências revolucionárias.

2. A justificação pela fé
Outro fundamento da Reforma, decorrente do anterior, foi a redescoberta do ensino bíblico de que a salvação é inteiramente uma dádiva da graça de Deus, sendo recebida por meio da fé, que também é dom do alto (Ef 2.8-9). Tendo em vista a obra expiatória realizada por Jesus Cristo na cruz, Deus justifica o pecador que crê, isto é, declara-o justo e aceita-o como justo, possuidor não de uma justiça própria, mas da justiça de Cristo. Essa verdade solene e fundamental foi afirmada pelos reformadores em três expressões latinas: “Solo Christo”, “Sola gratia” e “Sola fides”. Justificado pela graça mediante a fé, e não por obras, o pecador redimido é chamado para uma vida de serviço a Deus e ao próximo.

3. O sacerdócio de todos os crentes
A Igreja Medieval era dividida em duas partes: de um lado estava o clero, os religiosos, a hierarquia, a instituição eclesiástica; do outro lado estavam os fiéis, os leigos, os cristãos comuns. Acreditava-se que a salvação destes dependia da ministração daqueles. À luz das Escrituras, os reformadores eliminaram essa distinção. Todos, ministros e fiéis, são o povo de Deus, são sacerdotes do Altíssimo (1 Pedro 2.9-10). Como tais, todos têm livre acesso à presença do Pai, tendo como único mediador o Senhor Jesus Cristo. Além disso, cada cristão tem um ministério a realizar, como sacerdote, servo e instrumento de Deus na Igreja e na sociedade. Que esses princípios basilares, repletos de implicações revolucionárias, continuem sendo cultivados e vividos pelos herdeiros da Reforma.

Conclusão
A Reforma deixou um valioso legado para o cristianismo posterior. A igreja atual precisa tirar desse legado elementos que possam fundamentar sua teologia e prática, bem como orientar sua própria restauração desse legado. Fazendo assim, ela estará seguindo o lema dos reformadores: Ecclesia reformata semper reformanda (“igreja reformada, sempre se reformando”).

Rev. Alderi Souza de Matos

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Deus, o que queres que eu faça?

O trecho abaixo foi retirado e adaptado com permissão do livro Refresh, de Shona e David Murray, Editora Fiel.

Segundo David Brooks, colunista do New York Times, existem duas maneiras de pensar sobre a vida: “a vida bem planejada” e “a vida intimada”. Em sua coluna sobre o assunto, ele citou um ensaio baseado em uma palestra de formatura do professor Clayton Christensen, da Harvard Business School, para apresentar um modelo de vida bem planejada. Temos uma “vida bem planejada” quando reservamos um tempo para encontrar um propósito claro e, com base nisso, tomamos decisões apropriadas sobre a melhor maneira de utilizar o tempo e nossos talentos. Por outro lado, quem vive uma “vida intimada” rejeita a possibilidade do planejamento em longo prazo e, à medida que as situações e as circunstâncias vão surgindo, indaga: “O que essas circunstâncias estão me intimando a fazer? Como devo reagir?”. Tenho certeza de que a maioria das pessoas conseguiria identificar em qual das duas categorias se encaixa — ou talvez se encaixe nas duas, dependendo do dia. Então, qual é a melhor maneira de viver? Com base na verdade de que fomos criadas à imagem de Deus e, portanto, de que fomos chamadas a refletir, em alguma medida, seu propósito soberano, creio que todo cristão deve viver com base no firme fundamento da “vida bem planejada”. Nenhum cristão deve tornar-se uma simples vítima dos acontecimentos, como uma rolha de cortiça que é jogada de um lado para outro num oceano de circunstâncias e opiniões em constante mudança. Deus teve uma razão para colocar cada uma de nós aqui, e nós não devemos simplesmente andar sem rumo, dia após dia, semana após semana, ano após ano, desperdiçando a vida sem qualquer senso de direção, simplesmente reagindo ao que as pessoas fazem. Precisamos levar nosso tempo e nossos talentos até Deus e lhe perguntar: “O que queres que eu faça?”. Essa simples oração pode nos impedir de passar anos a fio como se fôssemos bolas de pingue-pongue, sendo jogadas de uma atividade para outra, de uma exigência para outra, de uma expectativa para outra.

Há, contudo, um perigo relacionado à “vida bem planejada”. Podemos nos tornar insensíveis e indiferentes às necessidades das pessoas. Todos precisam aceitar um elemento da “vida intimada”. Mas qual deve ser a proporção? Cristo é um bom modelo. Embora ele soubesse exatamente por que estava na terra e o que deveria fazer, também tinha um lugar para a espontaneidade quando surgia a necessidade de responder a acontecimentos inesperados. Às vezes, ele não aceitava desviar-se do foco para dar atenção às exigências das pessoas, mas, em outras ocasiões, ele parava para lidar com uma necessidade urgente. Ele vivia a “vida bem planejada”, mas também dava espaço para a “vida intimada”. Ele era sempre perfeitamente equilibrado.

Então, como podemos encontrar o equilíbrio perfeito? Embora cada pessoa precise encontrar uma combinação diferente, dependendo do nosso caráter e da nossa vocação, existem três palavras que eu acredito que nos ajudam a encontrar o equilíbrio, três palavras que nos capacitam a reduzir os pesos que nos esmagam: propósito, planejamento e poda.

A fórmula mágica

Como todas nos encontramos em circunstâncias distintas, não há uma fórmula mágica que funcione para todo mudo. O que eu posso fazer é falar um pouco sobre o equilíbrio entre a vida bem planejada e a vida intimada, que é o que funciona bem para mim, considerando meu caráter e minhas responsabilidades nesta fase da minha vida, uma equação que tem me ajudado a cumprir o que acredito ser o chamado de Deus para mim, sem, contudo, me fechar para interrupções e acontecimentos inesperados: 60% de vida bem planejada + 40% de vida intimada + 100% de vida de oração. Isso não faz sentido matemático, mas faz sentido espiritual. Sem a oração diária, pedindo a ajuda diária de Deus, eu não seria capaz de realizar nada

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ORAÇÃO DO DIZIMISTA


ORAÇÃO DO DIZIMISTA

Senhor, fazei que eu seja um dizimista consciente. Que cada dízimo que eu der, seja um verdadeiro agradecimento, um ato de amor, o reconhecimento de tua bondade para comigo. Sei que tudo que tenho de bom vem de ti: paz, saúde, amor, prosperidade, bens. Ajudai-me a dar com liberdade e justiça. Tirai todo o egoísmo do meu coração. Que eu possa amar cada vez mais o meu irmão. Quero ser um instrumento de paz e amor em tuas mãos! Que o meu dízimo seja agradável a ti, Senhor! Amém!

Sejamos dizimistas e o Senhor cuidará de nossas necessidades: Malaquias 3:8-12

8 – Roubará o homem a Deus? Todavia vós me roubais, e dizeis: Em que te roubamos? Nos dízimos e nas ofertas.

9 – Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação.

10 – Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o SENHOR dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes.

11 – E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o SENHOR dos Exércitos.

12 – E todas as nações vos chamarão bem-aventurados; porque vós sereis uma terra deleitosa, diz o SENHOR dos Exércitos.

Seja um dizimista fiel!

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SÉRIE DE BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS – 1 Timóteo 2. 1 – 4

SÉRIE DE BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS
1 Timóteo 2. 1 – 4
A oração sempre foi um ponto chave na vida do povo de Deus. Encontramos nas Escrituras várias menções a importância da oração. Nosso Senhor Jesus, o Deus-homem, foi um homem de oração. Seus discípulos aprenderam a não subestimar a importância da oração e tomaram uma decisão que foi um divisor de águas na vida da igreja: “quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra” (Atos 6. 4). Assim como os demais apóstolos, Paulo foi um homem de oração, e incutiu na mente de Timóteo, seu filho na fé, a importância da oração para sua vida e para a igreja.
Segundo Timothy Keller, a oração é a única porta para o autoconhecimento genuíno. É também a principal maneira de experimentarmos profunda transformação – a reordenação dos nossos afetos. A oração é o modo pelo qual Deus nos concede muitas das coisas inimagináveis que tem para nós. Aliás, do ponto de vista de Deus, a oração confere confiabilidade para que Ele nos dê muitas das coisas que mais desejamos. É a maneira de conhecermos a Deus, o caminho para, enfim, tratá-lo como Deus. A oração nada mais é que a chave para tudo o que necessitamos fazer e ser na vida.
Assim, a oração deve ter primazia na vida do povo de Deus. Precisamos falar com Deus antes de falar aos homens. Precisamos orar antes de pregar, pois Deus deseja a salvação de todos os homens (v. 4). Mas a salvação depende do pleno conhecimento da verdade.
Paulo ressalta a importância de orarmos por todos os homens sem distinção para que eles cheguem a este pleno conhecimento. Orar pelos reis e pelos súditos, pelo rico e pelo pobre e por aqueles que estão investidos de autoridade para nos governar, para que todos nós possamos viver sem inquietações e desordens.
É claro que Paulo não cita todas as pessoas pelas quais podemos e devemos orar. No entanto, devemos orar pelos conhecidos e pelos que não conhecemos pessoalmente e pelas pessoas que sabemos que necessitam de oração.
Pare um pouco agora e ore por alguém. Deus pode intervir poderosamente na vida desta pessoa por meio da sua oração.
“Orem no Espírito em todas as ocasiões, com toda oração e súplica; tendo isso em mente, estejam atentos e perseverem na oração por todos os santos”. (Efésios 6.18).
Com orações e gratidão.
Rev. Ricardo Luiz de Moraes

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A Esposa do Pastor e a Solidão Ministerial

A Esposa do Pastor e a Solidão Ministerial

Normalmente se reconhece que o pastor é uma pessoa solitária. As inúmeras atividades da igreja local dificultam o cultivo de amizades próximas com outros ministros que também se encontram focalizados em seus afazeres. Também, no geral, quando suas ovelhas se aproximam dele é com o propósito de apresentar alguma necessidade, dilema ou assunto a ser decidido. O pastor, na maior parte do tempo, se vê como um “resolvedor de problemas” e nem sempre tem alguém para compartilhar sua própria dor ou dilemas. Tudo isso contribui para que ele se sinta solitário.

Todavia, poucos atentam para o fato de que ao lado do pastor existe alguém mais solitário do que ele: a sua esposa! O próprio fato de ela ser identificada apenas como a “esposa do pastor” demonstra que alguns nem se lembram do seu nome e, provavelmente, desconhecem sua história, sua habilidades, temores e sonhos. Além do mais, se o pastor é procurado para ajudar pessoas com os seus problemas, sua esposa, na maioria das vezes, nem para isso é procurada. De fato, a esposa do pastor provavelmente é a ovelha mais solitária no rebanho.

Talvez essa seja uma das razões porque o ministério da esposa do pastor tem sido definido como “o trabalho mais difícil do planeta”.[1] O irônico é que quando se ingressaram nesse ministério, algumas não tinham a mínima noção das dificuldades envolvidas. Muitas pensaram que estavam apenas realizando o sonho do casamento. Todavia, além do casamento, também estavam se alistando para uma vida repleta de fatores que contribuiriam para sua solidão. Esse é um assunto que não é muito discutido ou divulgado. Afinal, a esposa ainda fica temerosa de atrapalhar o ministério do marido se as pessoas tomarem conhecimento disso e outras até se culpam por se sentirem assim. Se o marido está fazendo a “obra do Senhor”, por que elas deveriam deixar que isso se torne um empecilho?

Pouca atenção havia sido dada a esse fenômeno até que, mais recentemente, Thom Rainer, pesquisador batista, passou a arquivar e organizar por temas, testemunhos de algumas esposas de pastores[2]. Além de serem solidárias com as pesquisas, as esposas de pastores foram muito transparentes quanto ao que contribuía para seu sentimento de solidão no ministério. Embora a pesquisa originalmente tenha sido conduzida no contexto americano, os resultados são elucidativos para a realidade brasileira. Dessa maneira, passo a ressaltar dez razões mais comuns, das doze apresentadas por Rainer, que mais refletem a realidade brasileira e explicam algumas causas da solidão das esposas dos pastores. Para tanto, serão utilizadas as frases de algumas das entrevistadas, pois elas parecem ser representativas da maioria.

  1. Relações superficiais na igreja. “Ninguém nunca me vê como minha própria pessoa. Eu sou apenas a esposa do pastor. Talvez por isso, ninguém tenta se aproximar de mim”.
  2. Um pastor/marido extremamente ocupado. “Meu marido está sempre ligado 24 horas por dia. Ele não tem tempo nem para tomar o café-da-manhã comigo. Geralmente só recebo as sobras do que ele gasta com a igreja”.
  3. Membros maldosos na igreja. “Acho que até me isolei um pouco, pois não quero continuar ouvindo as coisas horríveis que dizem sobre meu marido. Eu conheço a dedicação dele, mas algumas pessoas, por não gostarem do estilo do trabalho dele, acabam me usando para ofendê-lo”.
  4. Serem usadas como um canal para reclamações para chamar a atenção do pastor. “Na semana passada, alguém me disse que sua família estava deixando a igreja porque meu marido é um péssimo pregador. Outra família me disse que o pastor anterior é que sabia, de fato, pastorear. Essas pessoas parecem não ter a mínima ideia de como isso me faz sentir!”
  5. Confiança quebrada. “Eu desisti de tentar me aproximar dos membros da igreja. Eu pensei que tinha uma amiga próxima até descobrir que ela estava compartilhando tudo o que eu dizia com outras pessoas da igreja. Isso me inibiu emocionalmente”.
  6. Mudanças frequentes. “Tenho medo de me aproximar de alguém agora. Toda vez que desenvolvo um relacionamento mais profundo com alguém, nossa família muda para outro campo”.
  7. Nenhuma noite a sós com o marido. “Não me lembro da última vez em que meu marido e eu tivemos uma noite juntos. Há programação na igreja todas as noites e se ele está ausente, as reclamações no domingo são insuportáveis”.
  8. Comentários negativos sobre os filhos. “Eu realmente não tento mais me aproximar dos membros da igreja. Estou cansada de como eles dizem que eu devo criar meus filhos. Parece que todos têm filhos perfeitos, menos eu. Todavia, eu sei como o meu marido tenta ajudar alguns deles porque não sabem mais o que fazer com seus filhos”.
  9. O marido não dá prioridade à esposa. “Francamente, a igreja parece ser a amante do meu marido. Eu me sinto trocada por outra pessoa; nesse caso, por muitas outras pessoas. Acho até irônico que ele diga que a igreja é a ‘noiva do Cordeiro’, pois nesse caso, ele parece em adultério com aquela que também pertence a outro”.
  10. Dificuldades financeiras. “Meu marido ganha muito menos dinheiro do que a maioria dos membros da igreja. Eu simplesmente não posso me dar ao luxo de ter a vida social que eles têm. Nem roupa para isso eu possuo. Assim, melhor me afastar”.

É importante que se deixe claro que as esposas de pastores não olham apenas para o “lado negro” do ministério pastoral. Elas geralmente reconhecem as bênçãos e alegrias no desempenho do seu papel ao lado do esposo. Todavia, não se pode ignorar que algumas delas sofrem com solidão severa. Os testemunhos registrados acima descortinam uma realidade ignorada por muitos membros da igreja. Isso deveria motivar os cristãos a intercederem mais pela esposa do seu pastor, bem como a tratá-la com maior amabilidade e amor cristão. Também, deveria levar o marido pastor a expressar melhor cuidado pela sua esposa e organizar sua agenda de tal maneira que ela seja parte importante do seu dia-a-dia. Afinal, a exortação do apóstolo Paulo permanece: “Quem ama a esposa a si mesmo se ama” (Ef 5.28).

 

– Rev. Valdeci Santos


[1] WELCH, Ed. A pastor’s wife: The toughest job on the planet. Disponível em: https://www.ccef.org/pastor-s-wife-toughest-job-planet/. Acesso em: 03.03.2013; CULLEN, Lisa Takeuchi. Think Your Job Is Tough? Try Being a Pastor’s Wife. TIME Magazine. Disponível em: http://business.time.com/2007/03/29/think_your_job_is_tough_try_be/. Acesso em: 29.04.2019.

[2] Rainer, Thom. Twelve reasons pastor’s wives are lonely. Disponível em: https://thomrainer.com/2014/02/12-reasons-pastors-wives-are-lonely/. Acesso em: 29.04.2019.

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A ALEGRIA DE SER UM CRISTÃO DIZIMISTA

Há uma alegria indizível no coração daquele que contribui. É bom viver a bem-aventurança dita pelo Senhor Jesus: “Mais bem aventurado é dar que receber” (At 20.35). Dar o dízimo é só o mínimo da generosidade. Percebo que todo cristão que devolve o dízimo ao Senhor é também um ofertante generoso. Não se trata de uma obrigação farisaica, mas do reconhecimento que tudo que temos e somos vem e pertencem ao Senhor.
As bençãos decorrentes da fidelidade na mordomia dos bens materiais são promessas de Deus. Não se trata de “teologia da prosperidade”, no sentido negativo ou herético. É Jesus quem diz: “foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei”. O que Deus requer dos seus mordomos é que cada um deles seja encontrado fiel.
Todo dizimista fiel não reclama porque devolve o dízimo. Ele quer dá muito mais, com alegria e satisfação. Só os que não dão o dízimo são contrários a entrega do dízimo, pois eles não conhecem o prazer e o privilégio da obediência a Deus. Os infiéis são infelizes. Davi disse: “Agrada-me fazer a tua vontade , ó Deus, meu; dentro do meu coração está a tua lei” (Sl 40.8). Eu posso imaginar a alegria da viúva pobre e dos crentes pobres da Macedônia quando ofertaram ao Senhor de forma sacrificial. Ninguém jamais poderá mensurar a satisfação proveniente da generosidade. Experimente a benção de ser generoso.
(Rev. Arival Casimiro)

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SÉRIE DE BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS


1 Tm 1. 18 – 20
Timóteo foi encarregado pelo apóstolo Paulo de combater um bom combate a favor do Evangelho. Suas armas são a fé e a boa consciência diante de Deus e dos homens. O experiente apóstolo não entra em detalhes sobre que vem a ser esse “bom combate da fé”, mas a conclusão lógica é que ele está dizendo que Timóteo deve defender a verdade de Deus contra aqueles que a negam ou a distorcem.
A Bíblia diz que sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6) e que devemos nos apresentar sempre diante de Deus e dos homens com a consciência limpa (Atos 24.16).
Atualmente, tenho visto muitas pessoas falharem em algumas áreas da vida cristã. Os que “naufragam” na fé pecam contra sua consciência. Seus erros normalmente começam com a má conduta e com pecados ocultos e não confessados.
Assim como Paulo, encontraremos algumas pessoas agindo como “Himeneu e Alexandre” em nossas igrejas. Paulo não diz exatamente o que eles fizeram, mencionando apenas que o pecado deles envolvia a blasfêmia. Com tais pessoas não podemos agir deferente. Elas precisam ser disciplinadas e, se não se arrependerem de seus maus caminhos, devem ser excluídas da comunhão da igreja para preservar a unidade e o bom testemunho do corpo de Cristo.
A expressão “os quais entreguei a Satanás” (1 Tm 1.20) deixa implícita a disciplina e a exclusão da igreja local.
Ainda que a exclusão seja necessária não havendo arrependimento, o objetivo final da disciplina é o arrependimento do disciplinado e não a sua exclusão. A exclusão deve ser a ultima decisão a ser tomada em relação ao disciplinado. Ela acontecerá em função da recusa no atendimento às admoestações, a atitude de arrogância e falta de obediência às autoridades e a quebra da paz e do bom testemunho de fé da igreja e pela falta de arrependimento do disciplinado.
Havendo necessidade da disciplina, ela acontece desde a autodisciplina, continuando com a admoestação individual e depois pelo conselho da igreja e chegando até a exclusão, se necessário. “Toda a disciplina visa edificar o povo de Deus, corrigir escândalos, erros ou faltas, promover a honra de Deus, a glória de Nosso Senhor Jesus Cristo e o próprio bem dos culpados” (CD/IPB).
Assim, precisamos estar atentos para constantemente darmos um bom testemunho diante dos homens e jamais servirmos de pedra de tropeço para afastar as pessoas de Deus. Devemos zelar pela nossa vida e consciência para não sermos disciplinados.
Talvez algumas pessoas possam pensar que a disciplina não é importante. No entanto, uma das marcas da igreja verdadeira é o uso correto da disciplina. O juízo precisa começar pela Casa de Deus. Se a igreja não julgar a si mesma, ela será disciplinada pelo Senhor e será reprovada.
Portanto, precisamos ser obedientes a Deus e andarmos segundo a sua vontade e defendermos o Evangelho de Cristo. Esse combate é por demais difícil e exige de nós armas espirituais, em especial, a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
Quando combatemos esse bom combate de acordo com os preceitos e mandamentos do Senhor, jamais seremos reprovados.
Ricardo Luiz de Moraes

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BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS


1 Timóteo 1. 15 – 17

A palavra de Deus é fiel, perfeita e digna de toda confiança. A Bíblia diz que Jesus veio para salvar o pecador. Todos os homens pecaram e necessitam da graça salvadora de Deus (Rm 3. 23). Não há um justo sequer. Nesta perspectiva, Paulo olha para sua própria condição e faz um diagnóstico preciso: “dos pecadores, sou o principal”. Deste modo, como o apóstolo Paulo, não podemos pensar que pelo fato de sermos salvos por Deus, mediante o sacrifício de Cristo, não somos mais pecadores ou deixaremos de pecar. Fomos salvos pela graça, mediante a fé em Cristo Jesus e, do mesmo modo que Cristo nos salvou, ele pode salvar outras pessoas mediante a fé. Mesmo aqueles que se consideram os mais terríveis dos pecadores podem ser alcançados pela graça de Deus.
Em vista disso, precisamos crer e pregar sempre o Evangelho. Para Deus não haverá causa impossível, até para o maior dos pecadores.
Portanto, pregue o Evangelho! Ele é o poder de Deus para salvar sua família, seus amigos, restaurar seu casamento, seus relacionamentos interpessoais, e resgatar o mais indigno pecador da morte eterna.
Rev. Ricardo Luiz de Moraes

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JESUS, O PÃO DA VIDA

“Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede.” (João‬ ‭6:35‬ ‭NVI‬‬).

A declaração de Jesus é um alívio para aqueles que sabem que jamais serão saciados com as taças e os banquetes deste mundo. Somente o Senhor Jesus pode nos dar plena satisfação, preencher o vazio do nosso coração e trazer deleite para os anseios da nossa alma.

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COMO DIMINUIR SUA INFLUÊNCIA E SEU TEMPO NO PASTORADO DA IGREJA LOCAL?

Estudiosos apontam que o ideal no relacionamento pastor-igreja é que ministros permaneçam por longos períodos no mesmo campo e que igrejas valorizem o seu pastor.[1] Pastorados longos podem contribuir com a estabilidade da dinâmica eclesiástica, além de fortalecer os laços relacionais entre o líder e o rebanho, bem como permitir que o pastor participe ativamente da sociedade. Todavia, nem sempre isso acontece. Alguns pastores têm “vida curta” no pastorado das igrejas por onde passam. Alguns parecem ter “passagens meteóricas” e quando eles saem de suas igrejas, à semelhança do rei Jeorão, não deixam “de si saudades” (cf. 2Cr 21.20).

O término abrupto da relação ministerial nem sempre ocorre pelos maus tratos do conselho em relação ao pastor. Também, nem sempre é possível responsabilizar outros além do ministro pelo fracasso nesse relacionamento pastor-igreja. Em algumas ocasiões, o próprio pastor é o responsável por “encurtar” sua influência e o seu tempo no pastoreio da igreja local. Alguns erros cometidos pelo ministro são tão grosseiros que acabam colocando um “ponto final” no seu relacionamento com o rebanho, o que torna impossível a continuidade do seu ministério naquele campo.

Com o propósito de ajudá-lo a avaliar suas próprias atitudes e levá-lo a refletir sobre o progresso de sua relação com os membros de sua igreja local, menciono alguns fatores que podem atrapalhar o bom andamento do seu pastoreio. As recomendações aqui seguem os recursos da ironia e deveriam levar a correções o mais rápido possível, pois o ideal é que o pastor se arrependa e corrija suas falhas. Portanto, se você quiser diminuir sua influência e tempo no pastorado local, basta continuar cometendo esses sete erros.

  1. Fale com as pessoas como se elas fossem idiotas

Certos pastores parecem esquecer do princípio bíblico da cordialidade (Rm 12.10) e acabam ofendendo as pessoas em suas interações. Nem sempre é possível justificar essa atitude pela formação rudimentar desses obreiros, pois alguns até possuem vários diplomas e excelente treinamento acadêmico. Talvez por isso mesmo, eles se mostrem tão interessados em “provar” que possuem conhecimento e acabam desfazendo daqueles que não tiveram a mesma oportunidade de estudo. Com isso, ao invés de utilizarem o conhecimento como instrumento de edificação do próximo, usam-no dele para ofender e desmerecer as ovelhas do rebanho.

No geral, quando uma pessoa pensa que somente ela detém o conhecimento, acaba expressando seu orgulho e soberba e isso interrompe o que poderia ser uma interação edificante. Quando um pastor trata suas ovelhas como se elas fossem idiotas, se esquece de que, daquelas mesmas ovelhas, provém as orações a seu favor, o seu sustento e a oportunidade de desenvolver seu ministério. Talvez esse pastor, depois de ter estudado e lido tanto, precise se lembrar do verso bíblico que diz: “Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1Co 8.2).

  1. Não visite os membros de sua igreja

Visitação doméstica é uma atividade básica no ministério pastoral. No entanto, isso tem se tornado uma raridade nessa época de domínio das mídias sociais. Alguns pastores parecem acreditar que conseguem pastorear por meio do Facebook e do WhatsApp. Ainda que esses veículos de comunicação sejam úteis em grandes contextos urbanos, onde o deslocamento é sempre desafiador, sua eficácia é superficial e relativa. Há situações que somente a visita pastoral atende aos anseios da ovelha aflita. Em casos onde o aconselhamento é necessário, o consolo ao enfermo é requisitado, a resolução ou mediação em algum conflito se fazem urgentes ou a instrução bíblica é exigida, a visita pastoral é sine qua non. Um antigo mentor me orientou que minha congregação poderia até me perdoar por alguns maus sermões, mas nunca por negligenciar a visitação pastoral.

Além de ser um dever, a visitação é uma excelente maneira de conhecer melhor as ovelhas e desenvolver relacionamentos duradouros com elas. Algumas necessidades do rebanho só são percebidas por meio dessa atividade. Portanto, não limite seu ministério à proclamação pública da palavra de Deus, mas procure ministrar essa mesma palavra no âmbito pessoal, por meio de visitações regulares. Se você não o fizer, seu ministério poderá ter curta duração em sua igreja local.

  1. Se recuse a ouvir ideias e sugestões de suas ovelhas

É fácil para o ministro cair no erro de pensar que a eficácia na liderança exige que as melhores ideias e projetos sejam de sua autoria. Com isso, esse mesmo obreiro pode se sentir ameaçado ou intimidado quando outras pessoas lhe apresentam boas ideias ou uma sugestão diferente de sua maneira de trabalhar. Nesse caso, uma das reações naturais desse mesmo líder é desencorajar, ainda que educadamente, ou desprezar completamente as sugestões dos seus liderados. Com o passar do tempo, essa atitude produzirá desânimo e afastamento daqueles que poderiam colaborar voluntariamente com os projetos da igreja. Se uma ovelha percebe que suas sugestões são desprezadas, ela também se sente desmotivada a colaborar com seu tempo e esforço.

O corpo de Cristo se desenvolve com a colaboração, os talentos e os dons de todos. Por isso, um pastor deveria ser grato a Deus por aqueles membros mais criativos e visionários que ele. As abençoadas sugestões dessas ovelhas acabam liberando o ministro para fazer aquilo para o que ele realmente foi chamado: se dedicar à oração e à Palavra. Além do mais, quando o membro da igreja percebe que suas ideias foram valorizadas, ele se compromete mais integralmente com a execução da mesma. O que muitos pastores se esquecem é que o trabalho cristão consiste de esforço voluntário e a melhor maneira de captar essa contribuição é respeitando suas ovelhas e apreciando suas ideias. É necessário que se lembre que até esse processo de aceitação, implementação e reorganização de novas ideias dos membros da congregação faz parte do discipulado pastoral com aqueles que desejam aprender a trabalhar no Reino. Portanto, o desprezo dessas ideias acaba afetando o relacionamento do pastor com suas ovelhas e afastando-o do seu rebanho.

  1. Nunca aceite perder um argumento nas reuniões do Conselho

Há pessoas que, por orgulho, não admitem perder; outras, pela imaturidade, não conseguem ceder. Quando essa pessoa é aquela que ocupa a liderança em uma igreja presbiteriana, as consequências são desastrosas. O presbiterianismo é caracterizado pela liderança compartilhada, onde mais de um presbítero governa sobre o rebanho. Além do mais, esse governo não pode seguir o modelo de “domínio”, mas precisa seguir o padrão “exemplar” (cf. 1Pe 5.3). No geral, o processo de tomada de decisões nesse sistema ocorre por meio de reuniões conciliares nas quais o alvo é o consenso do grupo. Porém, quando um pastor não consegue perder um argumento nessas reuniões, o que deveria ser edificante se torna um verdadeiro “campo de batalhas”. O pior é que nesses momentos o pastor revela toda a sua carnalidade e falta de humildade e domínio próprio. Sua influência sobre esse conselho não perdurará!

No processo de amadurecimento como líder, é importante ao pastor aprender a “escolher suas batalhas”. Há questões pelas quais não se pode ceder um milímetro sequer, especialmente quando se tratam de assuntos fundamentais à doutrina que pregamos e fomos vocacionados para defender. Nesses casos é necessário “batalhar diligentemente” pela nossa fé (cf. Jd 3). Todavia, há outros tópicos que são secundários, terciários ou até de natureza preferencial. Nesses casos, é preciso escolher pelo que lutar e brigar. Não se deve discutir por questões preferenciais, pois, se assim o fosse, toda interação na qual perdemos o argumento se tornaria uma contenda. E para os demais presbíteros de um conselho local, poucas coisas são mais desagradáveis do que participarem de reuniões com um pastor briguento e desequilibrado.

  1. Não aceite ser contrariado

Intimamente conectado ao tópico anterior, esse item diz respeito à atitude dominante do pastor em suas interações mais abrangentes do que meramente o círculo da liderança. Algumas pessoas não aprenderam a conviver com o contraditório e por isso, não aceitam ser contrariadas. Os adjetivos geralmente empregados para designar os que desejam liderar sem ser contrariados são “déspota” ou “tirano”, e o pastor não deveria ser conhecido por nenhum deles, pois seu estilo de liderança deve seguir àquele deixado por Jesus.

A intolerância de um pastor em relação ao contraditório revela o seu caráter contencioso. No entanto, Paulo escreveu ao jovem Timóteo que “é necessário que o servo do Senhor não viva a contender, e sim deve ser brando para com todos, apto para instruir, paciente, disciplinando com mansidão os que se opõem, na expectativa de que Deus lhes conceda não só o arrependimento para conhecerem plenamente a verdade, mas também o retorno à sensatez” (2Tm 2.24-26). Em outras palavras, mesmo diante da oposição, o pastor deve responder com brandura e mansidão. Além do mais, o contraditório pode ser edificante e benéfico, pois “o caminho do insensato aos seus próprios olhos parece reto, mas o sábio dá ouvidos aos conselhos” (Pv 12.15). Por isso, a recusa em ser contrariado e conviver com o contraditório acabará desgastando os relacionamentos e colocando um ponto final no seu pastorado local.

  1. Acredite que você é a pessoa mais importante da igreja

A atividade ministerial goza de grande importância na dinâmica da igreja local. Isso é notório pelo fato de que o pastor ocupa o centro dos ajuntamentos públicos na igreja. Ele geralmente dirige a liturgia, prega o sermão e anuncia as atividades semanais da igreja. Tudo isso contribui para que o restante do rebanho o tenha como uma pessoa importante na dinâmica da igreja local. Também, em algumas famílias, as tomadas de decisões frequentemente incluem uma consulta ou conselho com o pastor da igreja local. Outros certamente o procurarão para aconselhamentos em outras áreas da vida: relacionamento conjugal, criação de filhos, questões profissionais ou dilemas pessoais. Além do mais, as Escrituras ensinam que o ministério pastoral é uma bênção do Cristo ressurreto à igreja terrena (cf. Ef 4.11). Portanto, esse é realmente um serviço importante na vida da igreja.

Há, porém, uma diferença entre compreender a importância do ministério pastoral e o erro de pensar que o pastor é a pessoa mais importante da igreja. Quando o ministro cai nessa armadilha de imaginar que ele é indispensável à dinâmica eclesiástica ou que ele é o responsável pelo crescimento da igreja, seu coração se torna soberbo e ele passa a ter o próprio Deus por inimigo, pois “Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” (Tg 4.6). Nesse caso, o tempo e a influência do pastor na igreja local pode ser interrompido pelo próprio juízo divino. De fato, quanto mais nosso senso de importância cresce, mais carecemos meditar no verso bíblico que ensina: “não pense de si mesmo além do que convém” (Rm 12.3).

  1. Se for pastor auxiliar, desautorize ou envergonhe seu pastor titular publicamente

O relacionamento do pastor auxiliar com o seu titular pode ser altamente benéfico para ambos, mas não deixa de ter suas tensões. O auxiliar deve sempre lembrar que sua posição na igreja é de extrema confiança, pois se o titular não confiasse nele, provavelmente não o convidaria para trabalhar. Todavia, é verdade que nenhum pastor sonha em ser auxiliar durante toda sua vida ministerial.

Com o passar do tempo, o desejo de liderar uma igreja local, presidir o seu conselho, programar as atividades da igreja, enfim, atuar como um pastor titular, começam a crescer no seu coração. É natural que seja assim. Com o passar do tempo, o pastor auxiliar adquire mais experiência e segurança e começa a identificar alguns pontos fortes e fracos daquele que encabeça a liderança do rebanho. O que não é natural, porém, é que, antes de assumir sua própria igreja, o pastor auxiliar queira agir como se ele fosse o pastor titular da igreja, chegando ao ponto de contradizer, expor os erros ou desautorizar aquele que está na liderança. Quando isso ocorre, há uma quebra da confiança e uma falha ética. Certamente esses erros não deixarão de ser notados. Em casos assim, a dispensa não tarda!

Certamente o ideal no relacionamento do pastor-igreja local é que o tempo e a influência do líder perdurem por anos. Todavia, devido a inúmeros fatores, esse ideal nem sempre se concretiza. Infelizmente um dos fatores que geralmente é ignorado pelo próprio pastor são suas falhas pessoais que deveriam ser corrigidas o mais rápido possível. As sugestões acima tocam em alguns desses erros, que, somente por meio de humilde reflexão diante de Deus e de outras pessoas, podem ser reparados. Minha oração, querido pastor, é que os tópicos apresentados sejam úteis para sua análise pessoal.

– Rev. Dr. Valdeci Santos


[1] MacArthur Jr., John. The legacy of long-term ministry. Disponível em: https://www.tms.edu/blog/legacy-long-term-ministry/. Acesso em: 06.04.2019; KNOWLES, Robert. Reaching the fruitful years: Long term ministry relationship in the convention of Atlantic Baptist Churches. A thesis submitted to the faculty of Gordon Cromwell Seminary in partial fulfilment of requirements for the degree of Doctor in Ministry. April 2005

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BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS


1 Timóteo 1. 12 – 14
O apóstolo Paulo concede-nos um lindo testemunho pessoal do poder do evangelho. Ele é uma prova viva de que o evangelho da graça de Deus é, legitimamente, eficaz para salvação de todo aquele que crê.
Ao pensarmos como Paulo vivia e em suas crenças pessoas, sua conversão ao cristianismo, seria algo inimaginável pela lógica humana. Ele era um blasfemo, pois negava a divindade de Jesus Cristo e forçava outros a fazerem o mesmo. Era um perseguidor implacável dos cristãos e utilizava a força física para tentar destruir os mesmos. Respirava “ameaças e morte” (At 9.1) e perseguia a igreja (1 Co 15.9) até descobrir que estava perseguindo o próprio Jesus Cristo, o Messias prometido (At 9.4).
Apesar de ser um homem religioso, estava totalmente perdido. Sua mente estava cega para a verdade e seus olhos precisavam ser abertos (1 Co 2.14; 2 Co 4. 3, 4). Foi somente quando creu em Jesus Cristo que recebeu salvação eterna (Fp 3. 1 – 11).
Somente a graça de Deus pode transformar um perseguidor em um pregador e plantador de igrejas. Somente a graça de Deus pode salvar pessoas como eu e você. Paulo é um lindo exemplo do poder transformador do evangelho para todos os pecadores perdidos, pois ele era o “principal dos pecadores”. Ele é prova de que a graça de Deus pode transformar qualquer pecador e lhe conceder uma vida nova.
A Bíblia diz: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor, não tenho prazer na morte do perverso, mas em que o perverso se converta do seu caminho e viva. Convertei-vos, convertei-vos dos vossos maus caminhos; pois por que haveis de morrer, ó casa de Israel?” (Ez 33. 11). Volte-se para o Senhor, entregue sua vida completamente a Ele e confie nEle de todo o seu coração e, como o apostolo Paulo, confie completamente no Senhor e seja grato a Ele pela sua salvação.
Ajuda-nos, Senhor, a jamais nos esquecer de que fomos salvos pela graça e, que onde abundou o pecado, superabundou a sua preciosa graça em nossas vidas (Rm 5.20). Que sejamos gratos ao Senhor por tão grande salvação e por sua misericórdia. Merecíamos o castigo de Deus, o juízo de Deus, pois somos pecadores. Mas Deus nos salvou por meio de Cristo Jesus. Pela graça somos salvos e resgatados da morte. Seja agradecido!
Ricardo Luiz de Moraes

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BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS

1 Timóteo 1. 8 – 11
Os falsos mestres estavam usando a lei equivocadamente e tinham uma falsa compreensão da mesma. Como seres humano decaídos temos uma tendência natural de pensar que não necessitamos da lei. Contudo, até mesmo o crente que foi justificado por Cristo, necessita da lei para a sua santificação, ensino e exortação.
Paulo relaciona alguns tipos de pecadores condenados pela lei (v. 9,10). Trata-se de uma dentre várias listas encontradas no Novo Testamento (Mc 7.20 – 23; Rm 1.18 – 32; Gl 5.19 – 21). A Lei é usada devidamente para expor, refrear e condenar os ímpios. No entanto, não tem poder de salvar os pecadores perdidos (Gl 2.21; 3.21 – 29). A Lei revela claramente a necessidade que temos de um Salvador e nunca esteve em oposição ao evangelho de Cristo. Seu proposito é nos ensinar a vontade de Deus, apontar o nosso pecado e nos levar a Jesus. A Bíblia diz que “a lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices”. (Sl 19.7).
Quem anda nos caminhos do Senhor não precisa temer a Lei de Deus e está liberto da maldição da Lei (Gl 3. 10 – 14). Diariamente, ele deve tentar cumprir os preceitos da Lei pelo poder do Espírito Santo e andar como Cristo andou. Ademais, a lei é o melhor instrumento tanto para ensinar-nos a vontade de Deus como para exortar-nos a cumpri-la.
Que o Senhor nos ajude a andar em seus caminhos, observar seus estatutos e cumprir a sua vontade.
Ricardo Luiz de Moraes

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A BREVIDADE DA VIDA

Nossa vida é como neblina que se dissipa rapidamente. Portanto, não perca seu tempo com inimizades, querelas, queixumes, falta de perdão, fofocas, críticas maldosas, grosserias, mal humor, intrigas e outras atitudes que são reprováveis e não ajudam ninguém. Mas viva cada momento com sabedoria, com gratidão, perdoando o seu próximo como Deus perdoou você e cultive atitudes que engrandecerão a alma e trarão alegria ao coração. Torne-se uma pessoa melhor e faça a diferença. A certeza de que tudo é passageiro deveria nos tornar mais humildes e dependente de Deus e uns dos outros.
Contudo, vós não tendes o poder de saber o que acontecerá no dia de amanhã. Que é a vossa vida? Sois, simplesmente, como a neblina que aparece por algum tempo e logo se dissipa. (Tiago 4.14 BKJ)
Com orações e gratidão.
Rev. Ricardo Moraes

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Em busca da realização

Para obter uma vida plena de realização é imprescindível compartilhar com as pessoas o que a vida nos proporciona. Quando aprendemos a compartilhar descobrimos a solução para todos os problemas que enfrentamos. Porque sempre que abrimos mão do egoísmo e do autocentrismo e, resolvemos levar algo ao outro, abre-se um importante espaço para que Deus possa mudar tanto a nós mesmos quanto as pessoas e as situações que enfrentamos. Hoje mesmo compartilhe um pouco de si mesmo com o seu próximo e seja agradecido.
“Portanto, como povo escolhido de Deus, santo e amado, revistam-se de profunda compaixão, bondade, humildade, mansidão e paciência. Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou. Acima de tudo, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo. E sejam agradecidos.”
‭‭Colossenses‬ ‭3:12-15‬ ‭NVI‬‬
Com orações e gratidão.
Ricardo Moraes

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Enfrentando o Desânimo no Ministério Pastoral

Pastorear a igreja de Cristo não é uma tarefa fácil, mas também não é impossível! O apóstolo Paulo afirma que os pastores são dádivas de Deus e expressão de sua graça sobre a comunidade do povo de Deus, “tendo em vista o aperfeiçoamento dos santos” (cf. Ef 4.7-12). O problema, porém, parece ser: será que os pastores olham para a igreja como bênção de Deus para eles?

Essa pergunta é pertinente devido ao crescente número de pastores desencorajados no exercício do ministério pastoral. Recentemente a mídia cristã veiculou uma estatística sem grandes detalhes, realizada no contexto americano, que retratava cerca de 90% dos pastores estão próximos ao ponto máximo de esgotamento, com bagagem mental e emocional excedente, com problemas financeiros, sob a esmagadora pressão por terem a “família perfeita”, sem amigos próximos, insatisfeitos no matrimônio e outras coisas mais. O interessante é que os dados daquela pesquisa poderiam ser aplicados a qualquer outra atividade, mas a ênfase recaiu sobre o trabalho árduo e nem sempre reconhecido que o pastor realiza. Em nenhum de seus itens a estatística mencionou as alegrias advindas do privilégio de cuidar do rebanho que foi comprado pelo sangue de Cristo (cf. At 20.28). O problema é que a divulgação de dados como esses sem a contrapartida das bênçãos ministeriais agrava o sentimento de vitimização de muitos pastores, bem como não os ajuda a enfrentar o desânimo corretamente, sem amargura e rancor. Dados como esses obscurecem dos olhos de muitos ministros a perspectiva de que o ministério pastoral é uma “santa mordomia”.

Tendo feito a análise acima, não se pode ignorar que, de fato, há inúmeros motivos para muitos se sentirem desanimados no ministério pastoral. Vivemos em um mundo caído e diariamente nos relacionamos com pessoas fragmentadas. Além do mais, em nós mesmos temos a comprovação dos efeitos da queda, pois nossa inconsistência nos flagela a todo momento. Dessa forma, é de se esperar que o aspecto relacional do ministério resulte em uma luta contínua contra o desalento. John Stott certa vez observou que “o desencorajamento é risco ocupacional do ministro cristão”.[1] Logo, saber lidar com esse fenômeno é crucial para cada pastor que deseja cumprir cabalmente o seu ministério.

Dos muitos conselhos sábios que tenho recebido sobre esse assunto, o melhor tem sido: pregue o evangelho para você mesmo! Pastores pregam o evangelho toda semana. Eles se colocam no púlpito e proclamam as riquezas da graça em Cristo, o perdão dos pecados, a consolação do Espírito e inúmeras outras verdades. Todavia, nem sempre se apropriam dos benefícios resultantes desse evangelho. Dessa forma, pregar o evangelho para si mesmo é uma excelente maneira de enfrentar os desânimos comuns no ministério pastoral.

Nesse sentido, um dos textos bíblicos ao qual devemos sempre recorrer é o capítulo 8 da epístola aos Romanos. Aliás, Romanos 8 contrasta as bênçãos de Deus com as tribulações experimentadas em um mundo caído. Ali, Paulo afirma que “os sofrimentos do presente não se podem comparar com a glória que será revelada em nós” (v18). Todavia, ao longo desse capítulo o apóstolo revela três importantes verdades do evangelho a serem meditadas e apropriadas nos momentos de abatimento e desencorajamento.

  1. Deus, o Pai, ama você

Na parte final de Romanos 8, o apóstolo lembra os cristãos do imenso amor do Pai, o qual foi demonstrado na entrega do Filho pela redenção de pecadores. Paulo afirma que “Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas, pelo contrário, o entregou por todos nós …” (v32). Em outras palavras, o Pai nos deu quem ele tinha de melhor: seu Filho bendito! Por essa razão, o apóstolo conclui que nem morte, nem vida, nem coisas do presente, nem do futuro, nem poderes etc., poderão nos separar do amor de Deus! (cf. v38-39). Assim, o fato de sermos amados pelo Pai é, certamente, imensa fonte de encorajamento para aqueles que se sentem desalentados, injustiçados, incompreendidos e até odiados por pessoas ao redor!

A afirmação de Paulo sobre o amor do Pai foi feita em um contexto em que ele lembrava seus leitores de que “somos entregues à morte todos os dias; fomos considerados como ovelhas para o matadouro” (v36). Dessa maneira, considerar o amor de Deus por nós é importante para se perceber a luz nas trevas e a providência daquele que nos dará, com Cristo, todas as coisas (v 32).

Por essa razão, querido pastor, pregue o evangelho do amor do Pai para você mesmo! Medite no fato de que o amor de Deus não depende do seu desempenho diário, mas da graça dele para contigo. Esse amor é a garantia de que o Pai nunca o desamparará.

  1. Deus, o Filho, representa você

O capítulo 8 de Romanos se inicia com a afirmação de que não há mais condenação para os que estão “em Cristo” (v1). Aliás, a expressão recorrente no Novo Testamento “em Cristo” é fundamental para se considerar as boas novas do evangelho. O fato é que perdão, aceitação, retidão e vida eterna são bênçãos para aqueles que se encontram “em Cristo”. A obediência perfeita de Cristo é o fundamento das graças recebidas pelo povo de Deus. O crente só pode permanecer de pé diante do Pai Celestial porque ele foi revestido com a justiça do Filho Primogênito, e Deus se agrada dos seus filhos adotivos tanto quanto ele se agrada do Filho Eterno.

Paulo contrasta os sofrimentos do presente com a glória a ser revelada por causa de Cristo. O fato é que sofrimentos e dificuldades não deveriam surpreender o crente que vive no mundo de aflições. O problema é que ainda que nós pastores tenhamos consciência dessas verdades, muitas vezes acabamos caindo na “armadilha do ministério bem-sucedido” e passamos a esperar um pastorado sem dificuldades e oposições.

Pastores e obreiros cristãos acabam navegando em águas contaminadas com as propostas do sucesso fácil. Quando se lê a história do plantador de igrejas, a ênfase parece ser que a comunidade dele cresceu na virada de cada página do livro. Ao observar o bom pregador, parece que suas mensagens são mais fruto de “inspiração” do que “transpiração”. A consideração do bom conselheiro parece não levar em consideração os seus inúmeros casos de fracasso e frustração. Essas análises desfavoráveis e irreais geram a ideia de que o ministério frutífero equivale ao sucesso numérico ou a ausência de problemas e pressões. No entanto, essa perspectiva não possui qualquer correspondência com o ministério dos servos de Deus nas Escrituras. O fato é que parece que os pastores contemporâneos estão se deixando levar por outros modelos que não o bíblico.

O pastor deve se lembrar sempre que o fato dele ser representado por Cristo, e não pelo seu sucesso ministerial, é a base segura de sua aceitação. Em outras palavras, sua identidade em Cristo é mais importante do que sua aceitação social.

  1. Deus, o Espírito, habita em você

Em Romanos 8.15-16, o apóstolo Paulo conecta a obra do Espírito ao novo status do crente: o Espírito testifica que ele é filho de Deus. Esse é o testemunho do Espírito sobre a adoção do cristão. Isso é importante porque o Pai não permite que os seus filhos fiquem na dúvida quanto a sua condição, mas concede a eles o Espírito de adoção.

Dessa forma, é necessário observar que o ministério do Espírito Santo não termina com a conversão, mas continua na confirmação de nossa adoção. Além do mais, ele também não é interrompido nessa confirmação, mas se estende a ponto de nos socorrer nos nossos momentos de fraqueza (cf. v26-27). Na verdade, Ele intercede por nós até quando nos encontramos muito fracos para orar. Por último, a intercessão do Espírito é eficiente, pois ela é sempre segundo a vontade de Deus.

A habitação do Espírito é mais uma bênção do evangelho que pregamos, mas nos momentos de aflição facilmente nos esquecemos dela. Todavia, é importante considerar que o mesmo Espírito que ressuscitou Jesus dentre os mortos é o que habita em nós e é poderoso para nos vivificar (v11). Nessa consideração também devemos lembrar que justificação, adoção, perdão, habitação, enchimento do Espírito etc., não são apenas conceitos teológicos para serem aprendidos no seminário, mas benefícios do evangelho por meio dos quais devemos viver e sermos sustentados em nosso labor diário. A habitação do Espírito é uma realidade poderosa para todo o cristão, inclusive aquele que foi vocacionado para o ministério pastoral.

Certamente é importante que se reconheça as dificuldades e complexidades do ministério pastoral. Haverá momentos em que o pastor fiel sentirá a pressão ministerial e a sua fragilidade pessoal a ponto de pensar em abdicar da igreja local, de sua atividade e de sua vocação ministerial. Todavia, esses são precisamente os momentos nos quais o ministro deve se lembrar, de maneira especial, de pregar o evangelho para si mesmo. Deus não vocacionou ninguém para o ministério com o propósito de que aquela pessoa se esquecesse do seu evangelho ou pensasse que o evangelho deve ser apenas pregado para os outros. Cada pregador das boas novas deve aplicá-las a si mesmo todos os dias, várias vezes durante o dia, a ponto de permitir que essas verdades governem suas emoções, pensamentos e ações.

Após considerar as três verdades básicas do evangelho a serem pregadas para si mesmo, o pastor ainda pode tomar algumas medidas práticas para combater o desânimo e frustração. Abaixo são colocadas algumas sugestões dessas ações na esperança de que sejam proveitosas aos pastores que não querem sucumbir ao desânimo.

  1. Ore. Separe alguns momentos para derramar seu coração diante de Deus, expondo a Ele suas angústias a dores;
  2. Lembre-se de que você está engajado em uma batalha espiritual. Alguns elementos do desânimo podem ter sua origem nas investidas do inimigo, e ele certamente tenta se aproveitar de nossos desapontamentos;
  3. Interceda por aqueles que têm agido de maneira negativa em relação a você. Jesus nos ensinou a amar nossos inimigos (Mt 5.42-44), o que, por extensão, deve nos motivar a interceder por aqueles que são acidamente críticos ao nosso trabalho, a nossa pessoa ou a nossa família;
  4. Compreenda que o processo de mudança é, na maioria das vezes, lento. Certamente desejamos mudanças de uma noite para o dia, mas não é assim que o Senhor geralmente age. Pois no processo de transformar outros, ele também nos amadurece; e essas coisas podem levar tempo;
  5. Procure encontrar meios de se alegrar e demonstrar o seu amor pela igreja local. O rebanho precisa ser assegurado do amor do seu pastor. Procure se lembrar dos pequenos gestos de afeto pelos quais você deve ser grato e motivado a demonstrar seu amor pelos membros de sua igreja;
  6. Cuide de sua saúde física. Algumas vezes justificamos nosso cansaço, mal-estar e fadiga pelas pressões a que somos submetidos. Todavia, é importante observarmos que esses mesmos problemas podem ser causados por obesidade, falta de sono ou péssima alimentação, que fazem parte do estilo de vida de alguns pastores.

Rev. Valdeci Santos

Secretário Geral de Apoio Pastoral da IPB

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BREVES MEDITAÇÕES BÍBLICAS

1 Timóteo 1. 3 – 7
Paulo rogou a Timóteo que permanecesse em Efésio para admoestar certas pessoas que estavam ensinando falsas doutrinas. O apóstolo descreve os falsos ensinamentos como “fábulas e genealogias sem fim” (v. 4). Eles utilizavam a Lei do Antigo Testamento, especialmente as genealogias, para inventar novidades doutrinárias de todo tipo, que faziam as pessoas se desviarem dos ensinamentos das Escrituras. Eles não entendiam o conteúdo e nem o propósito da Lei de Deus e privavam os cristãos da liberdade da graça (Gl 5.1) e os levavam à escravidão do legalismo, uma tragédia que continua a repetir-se em nossos dias. Ao invés de gerar amor, pureza, uma consciência limpa e fé sincera, essas falsas doutrinas causavam divisões, hipocrisia e problemas de todo tipo.
Assim como aconteceu no passado, a igreja atualmente tem enfrentado muitos falsos mestres e seus ensinamentos contrários à Palavra de Deus. Esses falsos mestres estão infiltrando-se na igreja para pregar falsas doutrinas, trazendo enganos e divisões ao povo de Deus. Devemos estar atentos aos falsos mestre e seus ensinamentos. Devemos zelar pela sã doutrina, admoestar os incautos e lutar contra os falsos mestres que tentam enganar e estão corromper a mensagem do evangelho. O inimigo nem sempre mora ao lado, às vezes, ele pode estar junto de nós.
“Acautelai-vos dos falsos profetas, que se vos apresentam disfarçados em ovelhas, mas por dentro são lobos roubadores. Pelos seus frutos os conhecereis. Colhem-se, porventura, uvas dos espinheiros ou figos dos abrolhos? Assim, toda árvore boa produz bons frutos, porém a árvore má produz frutos maus. Não pode a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons. Toda árvore que não produz bom fruto é cortada e lançada ao fogo. Assim, pois, pelos seus frutos os conhecereis” (Mt 7. 15 – 20).
#reflexões #meditaçõesbíblicas #bíblia #bible #apóstolopaulo #timóteo

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Devocional Diário

De 30 de setembro a 06 de outubro de 2018

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Salmos 119.105).

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Devocional – Orando por você hoje

Leia: Romanos 8.22 – 34
…o mesmo Espírito intercede por nós […] Cristo Jesus […] também intercede por nós. v.26,34

Quando enfrentamos uma situação desconcertante ou um problema difícil, geralmente pedimos a nossos irmãos em Cristo que orem por nós. É um grande encorajamento saber que outros se preocupam e nos colocam diante de Deus em oração. Mas e se você não tem amigos próximos que sejam cristãos? Talvez você more onde o evangelho de Cristo seja rejeitado. Quem vai orar por você?

Romanos 8, um dos grandes e triunfantes capítulos da Bíblia, declara: “…não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis. […] segundo a vontade de Deus é que ele intercede pelos santos” (Romanos 8:26,27). O Espírito Santo está orando por você hoje.

Além disso, “…Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós” (v.34). O Senhor Jesus que está vivo está orando por você hoje.

Pense nisso! O Espírito Santo e o Senhor Jesus Cristo mencionam o seu nome e suas necessidades a Deus o Pai, que o ouve e age em seu favor.

Não importa onde você está ou quão confusa seja sua situação, você não está enfrentando a vida sozinho. O Espírito e o Filho estão orando por você hoje!

(Pão Diário)

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Devocional Diário

De 23 a 29 de setembro de 2018

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Salmos 119.105).

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O que você precisa saber sobre a esposa do seu pastor

A esposa do pastor é chamada de “Mulher sem nome” no livro de Nancy G. Dusilek.[1] A autora, viúva e mãe de pastor, aborda a maneira como a igreja vê a esposa do ministro do evangelho e como, às vezes, até se refere a ela somente pelo título de “esposa do pastor” e não pelo que a designa como pessoa, ou seja, seu nome próprio. Com isso, a esposa do pastor acaba se sentindo “despersonalizada” ao procurar cumprir sua missão de auxiliadora do marido.

Também, há o fato de que, mesmo quando sua identidade é considerada, a esposa do pastor ainda é vista por alguns como um apêndice, parte do pacote ou bônus obtidos pela contratação do pastor. Afinal, dependendo do que ela sabe e gosta de fazer, pode ajudar no departamento infantil, dirigir a Escola Dominical, tocar o piano ou reger o coral da igreja. É claro que, quando o desempenho dela incomoda o “status quo” de outros membros, ou interfere  nos programas previamente estabelecidos na igreja local, logo ela é vista como indesejável e intrometida.

De qualquer maneira, nem sempre a liderança e os membros da igreja percebem a correlação entre a permanência de um pastor no campo e a satisfação ou insatisfação de sua esposa. Também raramente se considera, de fato, a identidade e as dificuldades que uma esposa de pastor enfrenta. Por isso, gostaria de considerar alguns detalhes que todo crente realmente deveria saber sobre a esposa do seu pastor.

  1. Ela é uma pessoa. Parece óbvio, mas há situações nas quais a esposa do pastor é tratada como uma extensão dele. Todavia, ela possui pensamentos, opiniões, gostos e sonhos próprios. Algumas vezes ela até difere do seu marido em algumas dessas questões. Há ocasiões nas quais ela se cala para não comprometer o ministério do marido, mas ela possui características e qualidades próprias. Se cada membro da igreja procurasse conhecer melhor a esposa do seu pastor, provavelmente ficaria surpreso ao descobrir que ela é uma pessoa muito diferente daquilo que a igreja assume sobre ela.
  2. Ela possui dons espirituais próprios. Como qualquer outro membro no corpo de Cristo, ela recebeu dons e talentos para serem exercitados em prol da glória do Senhor e edificação da igreja. Nem sempre esses dons se resumem ao ensino de crianças na Escola Dominical e os talentos não estão conectados ao piano da igreja. Há ocasiões que ela nem sabe ao certo quais são os seus dons, mas seu coração queima com o desejo de ser útil à igreja de Deus. Parte dessa incerteza provém do fato de que ela não teve tempo para desenvolver seus dons espirituais, já que está muito atarefada preenchendo lacunas em áreas ministeriais deficientes da igreja.
  3. Ela vive pressionada por expectativas. Algumas vezes são expectativas dela mesma, mas, na maioria dos casos, expectativas que outros têm a respeito dela. O problema é que nem sempre essas expectativas são santas ou reais, mas inúmeras vezes são expectativa irreais e até pecaminosas, que nunca irão se cumprir. A fim de termos uma noção de quão opressora essa condição pode ser, basta considerar quantos de nós gostaríamos que outros nos dissessem como devemos nos vestir, como devemos gastar nosso dinheiro, quem devemos convidar para jantar em nossa casa e como nossos filhos devem se comportar? O trágico é que esposas de pastores são, geralmente, criticadas nessas áreas!  Os crentes devem ser lembrados de que a única expectativa sobre nós que realmente importa é a do nosso Pai celestial.
  4. Ela compartilha o marido dela com a igreja. Em uma entrevista acerca do seu livro, Nancy Dusilek disse: “Eu faço uma brincadeira que o pastor é bígamo, tem duas esposas, a física e a igreja, porque precisa dividir o tempo dele”.[2] Nesse contexto, dependendo do tamanho da igreja e do número de obreiros que ela não tem, a esposa necessita abrir mão do seu marido mais vezes em prol do rebanho. Logo, as refeições familiares são geralmente interrompidas por chamadas telefônicas, as férias e feriados são frequentemente cancelados devido a alguma necessidade urgente, os aniversários na família são sempre apressados e assim por diante. Qualquer pessoa com bom senso pode imaginar o impacto que tudo isso tem sobre a harmonia familiar!
  5. Ela pode sofrer angústias com a situação financeira. A maioria dos pastores recebe pouco.  Alguns, somente o piso de sua denominação e outros, alguns benefícios além disso. O problema é que não se compra comida, roupas, livros e nem se paga a escola dos filhos com os benefícios comuns do ministério. Por essa razão, não é raro que a família pastoral passe por necessidades e que a esposa do pastor não consiga “acompanhar” as outras irmãs da igreja nos gastos com vestimentas, móveis, viagens e até tratamentos de saúde ou beleza. Tudo isso resulta em intensa pressão emocional e espiritual para ela. Por isso, os membros da igreja deveriam exercer sensibilidade nessa área, não colocando sobre a família pastoral algumas demandas financeiras desnecessárias. Outrossim, seria importante considerar que a razão pela qual a esposa do pastor não o acompanha em todos os eventos sociais (casamentos, festas de aniversário, por exemplo), pode ser pelo fato de ela não ter vestimentas adequadas e não boa vontade, como alguns pensam.
  6. Ela é machucada pelos comentários sobre ela e sobre os demais membros de sua família. Em certo sentido, todos parecem se interessar pela família do pastor. Alguns gostariam de administrá-la e corrigir os erros ou supostos erros dela. Outros preferem comentar as peculiaridades da família pastoral. Porém, comentários facilmente se transformam em fofocas e têm potencial de machucar. A esposa do pastor geralmente é machucada pelos comentários feitos sobre o seu marido (não sabe liderar, não prega bem, visita pouco, está fora de forma, se veste mal etc.), seus filhos (são uns pestinhas, folgados, privilegiados, não vieram à Escola Dominical etc.) e sobre ela mesma (santarrona, mandona, intrometida, quer mudar tudo etc.). Todo crente deveria se lembrar que palavras machucam e, “se alguém supõe ser religioso, deixando de refrear a língua, antes, enganando o próprio coração, a sua religião é vã” (Tiago 1.26).
  7. A vida dela é mais estressante do que se imagina. Devido ao fato da agenda do seu marido ser geralmente direcionada às necessidades das pessoas da congregação, dificilmente a família consegue “programar” seu dia sem incidentes. Essa situação piora quando o pastor trabalha em áreas de muito carentes. Nesses casos, o pastor é frequentemente acionado quando há mortes envolvidas, tentativas de suicídio, crises domésticas, problemas relacionados a drogas e outras coisas. Com isso, o estresse parece rondar a residência do pastor e a esposa acaba tendo que se “desdobrar” para manter a calma, mas, para isso, ela paga um enorme custo emocional.
  8. Ela é mais solitária do que parece. Nem sempre ela pode contar com uma amiga na congregação, pois raramente a encontra. Além do mais, ela geralmente se policia para saber o que contar, qual comentário fazer, até que ponto pode expressar seus sentimentos e opiniões. Com isso, a esposa do pastor acaba convivendo com a solidão. Como se isso não fosse o bastante, ela também padece por ser uma ovelha sem pastor já que, pelo fato de compartilhar o marido com a igreja, nem sempre ela tem seu pastor ao lado quando precisa dele. Quando o marido/ministro chega em casa, cansado de tanto ouvir problemas de outros, muitas vezes lhe falta a sabedoria para perceber que a ovelha doméstica necessita de alguém para cuidar dela.
  9. Ela não é tão estável quanto parece, mas, como todo cristão, possui seus momentos de angústias, incertezas e fragilidades. Muitas vezes essas lutas se revelam no fato de ela não saber como cuidar dos filhos. Outras vezes, por não estar segura em relação às críticas ou não se achar suficiente como auxiliadora de um marido tão requisitado. O fato é que não importa a situação, a instabilidade interna que acompanha todo cristão nesse mundo fragilizado também assombra a esposa do pastor. Se algumas vezes ela parece sólida, é pela graça do Deus, que “faz forte ao cansado e multiplica as forças ao que não tem nenhum vigor” (Isaías 40.29).
  10. Ela é sua irmã em Cristo. Assim como aconteceu com você, ela foi resgatada, lavada no sangue do Cordeiro e tem a retidão que procede daquele que por ela morreu e ressuscitou. Olhar para a esposa do pastor como irmã em Cristo deveria fazer com que todo membro da igreja a acolhesse, pois Paulo escreveu: “acolhei-vos uns aos outros, como também Cristo nos acolheu para a glória de Deus” (Romanos 15.7).

   Concluindo, há mais sobre a esposa do seu pastor do que provavelmente você havia considerado. Os tópicos acima são apenas representativos e poderiam ser ampliados a partir de considerações contínuas sobre esse assunto. Todavia, sabendo o que você acaba de aprender, como você pretende expressar seu amor e apreço pela esposa do seu pastor?

Rev. Valdeci Santos

Secretário Nacional de Apoio Pastoral

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Devocional Diário

De 16 a 22 de setembro de 2018

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho. (Salmos 119.105).

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DEVOCIONAL DIÁRIO

Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho.
(Salmos 119.105)

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Tesouros

Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros nos céus, onde a traça e a ferrugem não destroem e onde os ladrões não arrombam nem furtam.Pois onde estiver o seu tesouro, aí também estará o seu coração. (Mateus 6.19-21).

Deus não tem nada contra os tesouros; a questão para ele é o lugar que eles ocupam. O lugar de nossos tesouros, nos quais investimos energia e colocamos esperança, determinação e direção de nossos objetivos e como nos comportamos. O que tem mais valor para você?

Oração: Pai, coloco toda a minha riqueza, meus investimentos e meus bens em tuas mãos. Tu és meu futuro e minha confiança. Cura-me da possessividade que se agarra com firmeza a mim e não quer ir embora. Em nome de Jesus. Amém.

Engene H. Peterson

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O QUE OS FILHOS DE PASTORES PRECISAM?

O QUE OS FILHOS DE PASTORES PRECISAM?

O exercício correto do ministério pastoral é exigente e repleto de obrigações que, geralmente, se apresentam de maneira urgente. Por essa razão, é comum que a família do pastor enfrente alguns desafios em relação a ausência do marido e pai, as frequentes interrupções das atividades familiares por algum membro da igreja em necessidade e até o isolamento do pastor em função das preparações de mensagens e estudos. O fato é que, tanto a esposa quanto os filhos do pastor, acabam pagando um preço mais alto do que eles gostariam, quando a vida familiar é considerada!

No entanto, não seria correto colocar a culpa dessa tensão somente sobre as exigências do ministério e as necessidades dos membros da igreja. Há que se considerar também que alguns pastores acabam fazendo escolhas pobres em relação ao uso do tempo e das prioridades na vida ministerial. Esse é um assunto muito complexo, pois algumas pessoas, de fato, estão ocupadas, mas há aquelas que gostam de “parecer ocupadas” à fim de se sentirem necessárias! No caso do ministério, há aqueles que se afadigam por coisas além de sua esfera, tanto local, quanto denominacional e até espiritual (síndrome de Deus). Mas a verdade é que, a despeito das razões e explicações, a família do pastor acabará sofrendo em determinado momento por sua ausência!

No caso da esposa do pastor, devido a uma melhor compreensão do ministério, a sua maturidade espiritual aos seus muitos compromissos e até mesmo ao sacrifício pessoal, essa tensão é geralmente diminuída. Todavia, o que dizer dos filhos de pastores? Como explicar que a festa de aniversário não foi realmente uma celebração, mas se tornou uma reunião departamental da igreja? Como justificar que o pai ainda não conseguiu assistir aquela apresentação na escola para qual eles tanto se prepararam? Como fazê-los compreender que, muitas vezes, somente as sobras da agenda do pai se destinam a eles? Como convencê-los de que outras pessoas parecem ter sempre a prioridade?

Recentemente, algumas dessas dificuldades dos filhos de pastores foram listadas e muito bem expressas por Barnabas Piper, um dos filhos mais jovens de John Piper, no livro The Pastor’s Kid: Finding Your Own Faith and Identity [O filho do pastor: Encontrando sua própria fé e identidade] [1]. A obra de Barnabas é instrutiva e desafiadora, especialmente para os pais, pois nela “abre o coração” sobre o que gostaria que o seu próprio pai, assim como outros pastores, soubesse em relação aos dramas vivenciados por seus filhos. O próprio John Piper, que prefacia o livro, admite ter sido doloroso ler o livro escrito por seu filho. Todavia, a obra não consiste apenas de lamentos ou murmurações, mas de reflexões graciosas de alguém que foi encontrado por Deus e passou a ter deleite na comunhão com Ele durante o ministério de seu pai.

Correndo o risco de reduzir a contribuição do livro de Barnabas a uns poucos princípios, ofereço abaixo uma adaptação daquilo que esse filho de ministro acredita serem as principais necessidades dos filhos de pastores. É preciso deixar claro que parte desse resumo havia sido rascunhado pelo próprio Barnabas antes da publicação do seu livro. [2] O intento, naquela ocasião, foi apresentar sete coisas que um pastor pode fazer por seu filho à fim de ser um melhor pai e procurar atingir uma necessidade real dos filhos em meio as demandas ministeriais.

1. Um pai, não um pastor

Certamente os filhos do pastor compreenderão o seu chamado para pastorear tanto a igreja, quanto a sua própria família, mas o que de fato eles querem é um pai, alguém que brinca com eles, os protege, os faz rir, expressa seu amor pela mãe deles, distribui abraços, presta atenção, ensina-lhes a andar de bicicleta e visita a “casa de boneca” das filhas. Em outras palavras, eles querem alguém que viva a vida comum do lar!

De fato, chega a ser uma hipocrisia de nós pastores, exortar os membros da congregação a uma vida de amor, sacrifício e dedicação familiar, enquanto negligenciamos a própria família! Em nossa lista de prioridades, o tempo dedicado aos filhos não deveria ser categorizado como “resto”.

2. Conversa, não sermões

Todo pastor é altamente treinado a comunicar por meio de sermões. Os sermões são uma maneira eficaz de anunciar a verdade bíblica a uma congregação ou grupo de pessoas, mas não aos filhos (ou esposa). A própria estrutura dos sermões consiste de monólogos, declarações sentenciais de verdades, não negociáveis! O formato sermonal não convida ao diálogo, mas aponta o que precisa ser mudado ou corrigido.

Por isso pastores, conversem com seus filhos sobre a Bíblia de uma maneira interessante, aplicável e dialogal. Ajude-os a ver a aplicação das Escrituras como uma parte normal da vida. Ao invés de concentrarem apenas no ensino de lições, permeie suas conversas com cosmovisão bíblica sobre artes, esportes, finanças e outros, para ajudar seus filhos a olharem para a vida sob a ótica do Evangelho. Dessa maneira eles entenderão que também podem interagir biblicamente com o mundo ao redor, mas os sermões sentenciais poderão ter o efeito nocivo de fazê-los se sentirem sempre errados nessa tarefa.

3. Seu interesse em seus hobbies

As demandas pastorais são, de fato sérias. Em um momento o ministro está aconselhando um casal à beira da separação, em outro, tentando ajudar uma família devastada pelo uso de drogas por parte da filha e, ainda há aquelas reuniões de planejamento, conferências, assembleias, presbitérios, sínodos etc. No dia a dia, o pastor muitas vezes se vê atarefado estudando Calvino, John Owen, Berkhof ou outro teólogo, procurando defender a fé bíblica e confrontando as heresias contemporâneas. Tudo isso é questão de vida ou morte em seu ministério.

Todavia, em casa, sua filha está brincando de bonecas e ouvindo músicas de Lady Gaga e tudo que seu filho queria seria jogar uma partida de FIFA no Xbox com o pai. A verdade é que o fato dos hobbies de seus filhos serem menos interessantes para você não os torna menos importantes para seus filhos. Nesse sentido, seria prudente se interessar pela maneira como seus filhos passam o tempo, especialmente porque como pai você deveria estar interessado por seus filhos.

4. Serem estudados

No ministério geralmente estudamos ideias, textos e gramáticas de algumas línguas mortas. Mas o pastor sábio também estuda pessoas e procura discernir os propósitos do coração humano (Pv 20.5). Em nenhum outro contexto esse exercício é mais desafiador e necessário do que o ambiente doméstico, especialmente em relação aos filhos.

Por isso pastores, estudem seus filhos de maneira tão dedicada como você estudou seus léxicos para a exegese no seminário, dediquem tempo a eles de maneira tão intensa como você dedicou ao estudo das matérias nas quais obteve as melhores notas. Afinal de contas, eles são certamente mais importantes do que seus diplomas. Procure saber quais são seus interesses, suas lutas diárias, suas insatisfações e suas dificuldades de se encontrarem em meio ao seu ministério. Aprenda a ouvir, pois nem sempre eles querem respostas, mas apenas a reação que demonstra o quando você se importa com eles. Lembre-se que mesmo fazendo isso você não terá nenhuma garantia de que eles não o tratarão como um idiota ou lhe chamarão “estúpido” ocasionalmente. Todavia, você será um idiota disposto a compreender a idiotice individual de seus filhos.

5. Sua consistência

Ninguém pode detectar hipocrisia no pastor mais rápido do que sua esposa e seus filhos. Se você se apresenta como o bondoso pastor no domingo, mas em casa é o verdadeiro dominador e déspota, seus filhos assentados no banco da igreja não reagirão positivamente ao sermão. Por outro lado, se ao pregar sobre graça, perdão e confissão você já tiver praticado essas grandes verdades em casa, haverá mais chance de que eles recebem a mensagem com alegria.

Uma coisa que qualquer pastor precisa aprender é que as pessoas ao redor não toleram nossas incoerências, mesmo quando elas estão sendo incoerentes em suas próprias vidas. Isso não ocorre apenas com os membros da congregação local, mas também se faz presente na família do pastor. Dessa forma, o evangelho proclamado deve ser diariamente encarnado nos relacionamentos domésticos.

6. Graça nas ocasiões que falharem

Normalmente os pastores falam muito acerca da graça que triunfa sobre nossas fraquezas. A salvação é pela graça e o viver cristão só é possível pela graciosa provisão do Senhor. No entanto, esse discurso comum não é garantia alguma de que eles agem graciosamente em relação às fraquezas das pessoas ao redor, especialmente seus filhos.

Todos nós ainda pecamos nesse mundo caído e nossos filhos não são exceção. Às vezes nós pastores, nos ressentimos quando a igreja coloca um fardo irreal de perfeição sobre nossos filhos, mas de alguma maneira, colaboramos com esse erro ao não demonstrar graça a eles quando eles falham. Nesse sentido, assim como o Pai celestial é misericordioso e longânimo ainda que não inocenta o culpado (Ex 34.6-7), cada pastor possui o chamado para espelhar a paternidade divina aos seus filhos.

7. Firmeza na correção

Se por um lado o filho necessita de graça quando falha, por outro, necessita de firmeza na correção. Para tanto é necessária prudência a fim de não se aplicar uma dose maior nem menor do que o necessário. A diferença entre a droga e o remédio, muitas vezes se encontra na dosagem e na maneira da aplicação da substância. Há pais que acabam confundindo firmeza com dureza e impõem sobre os filhos um castigo maior pela transgressão cometida. Outros, acabam aliviando a pena a ponto de ela não trazer correção alguma. Tanto um quanto outro acabam prejudicando ao invés de contribuir para a restauração do pecador.

Quando um pai deixa de aplicar a correção ou repreensão devida aos filhos simplesmente por medo de magoar ou perder o amor filial, lamentavelmente ele já terá perdido grande parte do que temia perder. Ainda que o remédio da confrontação seja amargo a ambos, pais e filhos, o mesmo é necessário e precisa ser aplicado. Nesse sentido, firmeza é uma expressão de amor e não de crueldade.

Finalmente, os filhos de pastores precisam que seus pais sejam pais! Frágeis, falhos, humanos, crentes e amorosos pais. O problema é que aquilo que deveria parecer simples, pode ser mais difícil para alguns pastores do que se imagina e necessita enorme esforço. Todavia, tanto filhos quanto pais, serão beneficiados nesse empreendimento.

Rev. Valdeci da Silva Santos
Secretário Nacional de Apoio Pastoral – IPB

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“Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está”, João 1.7

Com Ele está na Luz! Podemos nós aspirar a isso? Podemos nós andar clara e explicitamente na Luz com Ele, por Quem chamamos de Pai, de Quem está escrito também “Deus é Luz e n’Ele não há trevas nenhumas”? Certamente, este é o modelo que está diante de nós, pois a Salvador mesmo disse: “Sejam perfeitos como vosso Pai nos céus é perfeito”. Mas que sintamos que talvez nunca possamos rivalizar em Sua perfeição; mesmo assim poderemos ir atrás dela e nunca sermos satisfeitos até que a alcancemos! O artista jovem, quando pega pela primeira vez em seu lápis de carvão, pode pensar que igualará Rafael ou Miguel Ângelo, mas mesmo assim, caso não tivesse diante de si tais exemplos artísticos, chegaria apenas a ser algo vulgar e sem brilho. Mas, que quererá esta expressão trazer até nós de que todo crente deve andar na Luz com Cristo está na Luz? Nós concebemos em importar aparência e semelhança, mas não em grau. Nós estaremos tanto na Luz quanto nosso coração estiver exposto, nossa sinceridade nela tanto quanto nossa honestidade, no mesmo grau. Nunca poderei andar ao sol e ter ali minha habitação, mas posso andar e ser guiado pela luz que emana dele. Mas não podendo ser como o sol em pureza de luz e radiação da verdade, a qual pertence ao Senhor dos exércitos por natureza sendo Ele infinitamente bondoso, mesmo assim poderei colocar meu Senhor sempre diante de mim e perseverar com aquela ajuda preciosas de Seu Santo Espírito, sendo ainda conforme à Sua imagem. Aquele comentador famoso da antiguidade, John Trapp, diz assim: “Podemos estar na luz como Deus está na luz pelas qualidades dela, mas acho que não pela igualdade” Nós devemos de ter a mesma porção de Luz e teremos mesmo de a ter e andar nela tal como Deus faz, mesmo que em relação à igualdade em termos de quantidade, santidade e pureza, devemos esperar até que cruzemos o Jordão e entremos na perfeição do Todo-Poderoso. Assinalemos que as bênçãos da sagrada comunhão e daquela perfeita limpeza estarão sempre intrinsecamente ligadas à mediada do nosso andamento na luz.

(Charles H. Spurgeon)

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A difícil tarefa da esposa do pastor

Muitos sabem que o trabalho do pastor é difícil, especialmente pelas demandas urgentes e pressões que o caracterizam. Todavia, mais dificultoso é a tarefa da esposa do pastor! A verdade é que se o pastor precisa suportar as exigências da função, sua esposa também o faz, ainda que indiretamente. No entanto, além de tudo isso ela ainda acaba tendo que cuidar e apoiar o próprio pastor.

De fato, a tarefa da esposa do pastor é tão complexa que o conselheiro bíblico Ed Welch a define como “o trabalho mais difícil do planeta”.[1] Mas, é provável, no entanto, que nem toda esposa de pastor sinta o peso dessa responsabilidade, mas é possível que aquela que considera a importância do ministério do seu esposo à luz da Palavra, o amor e a dedicação genuína do marido à causa do Reino e as demandas contínuas do rebanho, algumas vezes se sinta desprovida de forças para essa missão! Tudo isso sem considerar as expectativas da comunidade sobre ela, sua casa e seus filhos. O fato é que há ocasiões que tudo se torna excruciante!

Considerando tudo isso, o pesquisador batista Thom Rainer, recentemente lançou uma lista das dez expectativas impossíveis que algumas esposas de pastores encontram no auxílio ao ministério de seus maridos.[2] A reprodução dessa lista aqui comprova o quanto essas irmãs acabam carregando pesados fardos.

  1. Atuar em todas as esferas de trabalho da igreja. Se vista fazendo algo fora da igreja, alguns membros ficam ressentidos.
  2. Saber tudo o que acontece na igreja. De fato, alguns membros aguardam que a esposa saiba tudo o que o seu marido sabe. O problema é que nem o marido dela sabe tudo o que acontece na igreja!
  3. Ser disposta e pronta a ouvir as reclamações que outras pessoas fazem do seu marido. Na verdade, alguns pensam que podem falar ao pastor por meio dos ouvidos da esposa dele! O problema é que essas pessoas carecem de inteligência emocional ao pensar que a esposa do pastor não ficará sentida ao perceber que seu marido não é valorizado!
  4. Atuar como “secretária eletrônica”. Algumas esposas de pastores recebem, geralmente após o culto, inúmeras mensagens para entregar ao pastor da igreja. Há outras que, ao atenderem ligações telefônicas na casa pastoral, são tratadas apenas como domésticas com o dever de repassar o telefone ao destinatário, pois quem liga nem pergunta pelo nome de quem atendeu a ligação!
  5. Servir como contratada da igreja. Não é incomum encontrar algumas igrejas que esperam que a esposa do pastor seja a pianista, presidente da sociedade feminina ou professora das crianças! Certamente não há problema algum que a esposa do ministro atue nessas áreas por compreender que seus dons podem ser exercitados nessas funções, mas esperar que ela faça “por ser a esposa do pastor’ é tornar o seu matrimônio em uma profissão.
  6. Ter filhos perfeitos e que se comportem perfeitamente. A igreja geralmente tolera que crianças sejam crianças e ajam de maneira infantil, a menos que sejam os filhos do pastor! Nesse caso, a culpa acaba sendo da esposa do pastor que não cuidou para que seus filhos fossem mais comportados.
  7. Manter o controle emocional em toda e qualquer situação. Até mesmo se a mensagem do domingo ou algum hino, cântico ou oração falar tão profundamente ao seu coração ela deve segurar as lágrimas, pois ninguém gosta que a esposa do pastor pareça emocionalmente desequilibrada. Além do mais, o choro pode sempre ser interpretado como se o casal estivesse passando por algum problema conjugal!
  8. Que toda a família faça um voto de pobreza. Nesse sentido, se a família aparece com um carro novo, se o casal faz algum plano de férias em um local agradável, se a esposa comenta alguma dificuldade financeira da família, tudo isso pode gerar rumor na igreja e, dependendo do assunto, o mesmo acabará fazendo parte da pauta das reuniões do conselho.
  9. Ser a melhor amiga de todas as outras senhoras da igreja. Certamente a maioria das esposas de pastores gostariam que isso fosse uma realidade. Todavia, é muito difícil que isso aconteça e algumas pessoas acabam ficando ressentidas!
  10. Serem co-pastoras dos seus maridos na igreja. Na verdade, algumas mulheres acabam gostando de interferir no ministério de seus maridos, inclusive em áreas que são permitidas somente a eles. Todavia, tanto o fato delas gostarem disso, como da igreja esperar que o mesmo seja feito, acaba sendo problemático, pois as Escrituras não aprovam esse erro de nenhuma das partes.

Contrário às expectativas injustas, a esposa de pastor deveria refletir no enorme privilégio que é poder ser auxiliadora daqueles que trabalham para a eternidade! Se o pastor é alguém verdadeiramente sério e dedicado ao Senhor, a convivência dela será com um homem santo e isso deveria ser motivo de alegria. Nesse caso, o que se requer da esposa de pastor é o mesmo que se requer de qualquer esposa: que ela seja auxiliadora.

Finalmente, se o Senhor, em sua providência, permitiu que uma de suas servas se tornasse esposa de pastor, ele mesmo deve ser sua fonte de sustento diário nessa tarefa. Portanto, a esposa de pastor não deve se intimidar diante de tão importante ministério, pois sua suficiência provém do Senhor. Além do mais, a mesma igreja que, muitas vezes cultiva uma expectativa irreal sobre sua pessoa e trabalho, também possui irmãos amados que intercedem diariamente pela família do pastor. Outros ainda, não esperam apenas receber, mas acabam sendo generosos ajudando o pastor e sua família a terem uma jornada mais agradável e alegre no ministério pastoral. Enfim, os encantos e bênçãos do ministério, ao final do dia, são excessivamente maiores do que as dificuldades que acompanham a tarefa.

Rev. Valdeci S. Santos

[1] Welch, Ed. A pastor’s wife: The toughest job on the planet. Disponível em: www.ccef.org/resources/blog. Acesso: 23.03.2017.

[2] RAINER, Thom. Ten unfair expectations of pastor’s wives. Disponível em: http://thomrainer.com/2017/09/ten-unfair-expectations-pastors-wives. Acesso em: 05.09.2017.

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“Um povo que lhe é chegado”, Salmo 148.14

Toda a dispensação do Antigo Pacto era uma de distanciamento. Quando Deus apareceu, até mesmo para seu servo Moisés, disse, “Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés” (Ex.3:5). E quando Deus se manifestou sobre o Monte Sinai ao seu povo escolhido e preferido, um dos primeiros mandamentos era “Marca limites ao redor do monte e santifica-o” (Ex.19:23). Mesmo em adoração sagrada no Tabernáculo, esta ideia de distanciamento era proeminente. A grande massa de pessoas nem sequer entraria no arraial. Dentro do Cenáculo, apenas os Sacerdotes entravam. Mas, para dentro do Santuário, apenas o sumo-sacerdote entrava uma vez por ano. Era como se o Senhor naqueles dias quisesse fazer passar a ideia de quanto o pecado era uma monstruosidade para Ele, obrigando-O a tratar os homens como se de leprosos se tratassem, os quais permaneciam fora do arraial do povo. E quando o Senhor se aproximava desse povo, Ele mesmo assim fazia sentir como estavam separados dum Deus Santo como pecadores impuros que eram. Porém, assim que chegou o evangelho, fomos colocados noutra perspectiva. A palavra “Vai”, foi prontamente substituída por “vem”. A distância foi encurtada e substituída por intimidade e nós que antes estávamos longe, nos chegamos para perto através do poderoso sangue de Cristo. A Divindade encarnada não tem ao Seu redor uma parede de segregação. “Venham a Mim todos os que estais cansados e oprimidos e vos darei descanso” é a gloriosa proclamação deste Deus que se fez carne. Agora não trata mais o leproso como tal, colocando-o à distância, mas Ele próprio tomou sobre Ele o opróbrio da sentença. Que segurança temos neste nosso privilégio de estarmos tão próximos de Deus por Jesus. Já experimentou esta situação deveras? Caso saiba o que isto é de
facto, vive em conformidade com tudo isso? Maravilhosa é esta intimidade, mas antevê-se nesta dispensação, uma de maior
intimidade ainda, quando nos for dito, “Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, pois com eles habitará”, Apocalipse 21:3. Apressa isso Senhor.

(Charles H. Spurgeon)

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Como expressar, apreço pelo seu pastor?

“Lembrai-vos dos vossos guias, os quais vos pregaram a Palavra de Deus” (Hb 13.7)

Conta-se que certa vez John Owen, pastor congregacional, homem admirado por suas habilidades intelectuais como teólogo, exegeta e expositor das Escrituras, disse a um amigo que estaria disposto a trocar todos os seus talentos pela apreciação que a igreja de John Bunyan demonstrava a este. Se essa história é verdadeira, podemos conjecturar duas coisas básicas: (1) Owen se ressentia pela falta de elogios e encorajamentos e/ou (2) a igreja que ele pastoreava não era sábia a ponto de expressar sua apreciação pelo pastor que tinha.

A história de Owen continua sendo verdadeira em relação a muitos pastores e igrejas nos dias atuais. Poucas atitudes são mais ofensivas e alimentam mais o descontentamento de um líder que a falta de estima e encorajamento. Poucos deveres são mais negligenciados pela igreja contemporânea que o mandamento bíblico de honrar e apreciar seus líderes (cf. 1Tm 5.17, 1Ts 5.12-13, Hb 13.7 e 17). Mas essa realidade não necessita ser perpetuada. Toda cultura estabelecida pode ser mudada e melhorada à luz das Escrituras. Dessa forma, é importante que cada membro de uma igreja local aprenda a valorizar e expressar apreço pelo seu pastor.

O ministério pastoral vai muito além da mera pregação de sermões e algumas visitas. O pastor é aquele que vela pelas almas e cuida do crescimento espiritual das ovelhas que lhe foram confiadas (cf. At 20.28 e Hb 13.17). Nesse sentido, ele dedica várias horas aconselhando alguns, confrontando outros e mediando situações que ninguém mais parece querer tratar. O pastor orienta casais em situações de separação, adultério, crises e intercede (até com lágrimas) pelas famílias de seu rebanho. De fato, ele se angustia quando um membro da igreja está enfermo fisicamente e se inquieta muito mais quando um deles está doente espiritualmente. Muitas vezes, não se considera como fica o coração de um pastor quando há a necessidade de oficializar um funeral, inclusive de bebês. Ainda assim, nesse momento, ele precisa consolar os aflitos ao redor. Além do mais, o estado emocional desse homem pode ser alterado de um momento para outro, quando logo após um funeral, ele precisa ministrar um casamento. Quem é suficiente para essas coisas?  O fato é que trabalho do pastor é mais difícil do que se pensa.

Quando alguém avalia seriamente algumas dificuldades do trabalho pastoral, pode até se questionar o porquê de muitos pastores continuarem nesse ministério. Porém, é fato que pastores fiéis ao Senhor amam o que fazem, pois servem ao rebanho como expressão de sua devoção e amor ao Senhor. A questão não é se os pastores apreciam seu trabalho ou suas ovelhas, e sim que eles também gostariam de ser apreciados e expressar estima é um preceito bíblico para a igreja de Cristo.

A Secretaria Nacional de Apoio Pastoral da Igreja Presbiteriana do Brasil gostaria de motivar você a expressar apreço pelo seu pastor atual ou alguém que tenha sido seu pastor no passado. Nesse sentido, os pastores jubilados devem ser especialmente lembrados. Alguns deles nem imaginam como Deus os usou como instrumentos nas mãos do Redentor para abençoar inúmeras vidas, inclusive a sua. Dessa forma, considere algumas sugestões que, apesar de simples, são significativas e podem ser facilmente realizadas.

  1. Ore pelo seu pastor – inclua o nome dele e de sua família em suas orações regulares. Ore pela vida emocional, saúde física e sustento espiritual do seu pastor.
  2. Escreva cartas ou e-mails de encorajamento para ele – todo pastor gosta de saber como ele foi usado por Deus para abençoar suas ovelhas. Uma boa maneira de registrar essas informações é pela escrita. Nessas cartas ou nesses e-mails podem ser incluídos: a informação pessoal de como ele foi usado por Deus para abençoar sua vida, um verso bíblico de encorajamento e a maneira como você ora por ele.
  3. Procure se integrar no trabalho da igreja local – muito do trabalho do pastor seria diminuído se cada membro da igreja se comprometesse com as atividades da mesma. Quando a missão é compartilhada, ela não se torna pesada.
  4. Desenvolva um relacionamento pessoal com seu pastor e com a família dele – amizade também é importante para eles. Faça isso individualmente com o pastor, promovendo oportunidade de um diálogo despretensioso, um café talvez. Mas também promova algo com a família, convidando seu pastor para ir até sua casa em determinada ocasião.
  5. Fale bem do seu pastor – muitos pastores sofrem pelos comentários maldosos de alguns membros. Há pessoas que parecem focalizar defeitos ao invés de virtudes. Com essa atitude, além de quebrarem o nono mandamento, perdem uma excelente oportunidade de valorizar o pastor que têm.
  6. Defenda o seu pastor – as Escrituras ensinam que os pastores devem ter boa reputação (1Tm 3.7). Dessa forma, assuma o compromisso de garantir que a reputação do seu pastor será protegida. Se alguém difamá-lo perto de você, defenda-o e proteja-o dos males de uma língua ferina!
  7. Ofereça ajuda com alguma tarefa pessoal que ele tenha – as muitas demandas do ministério acabam contribuindo para que o pastor sempre deixe suas tarefas pessoais ou deveres da casa para depois. Se um membro da igreja se oferece para auxiliá-lo nesse casos, além de uma motivação para ele, pode também ser uma excelente oportunidade para o desenvolvimento da amizade entre vocês.

Que o Senhor Deus continue abençoando seu rebanho: pastores e ovelhas!

Rev. Dr. Valdeci Santos

Secretário Nacional de Apoio Pastoral

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Primeira Devocional TESTE

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